domingo, 30 de setembro de 2012

O Canário Vermelho


A cor vermelha não existe no canário silvestre, sendo obtida no canário doméstico a partir do cruzamento híbrido entre o macho do Cardinalito da Venezuela e a fêmea do canário. O Cardinalito tem na sua herança genética o gene vermelho que lhe permite receber o carotenóide vermelho, contido em determinados vegetais. Esta operação decorre principalmente no fígado, motivo porque só os pássaros saudáveis devem adquirir a cor vermelha uniforme.  
Como estamos a falar de um carotenóide (cantaxantina), a sua assimilação só terá interesse durante o período da muda da pena, pelo que já foi descrito anteriormente.
Os primeiros híbridos das duas espécies referidas foram obtidos por um criador alemão por volta de 1920, mas só 10 anos mais tarde se começaram a divulgar os canários de factor vermelho.
Os canários deste factor dividem-se em 2 grupos, vermelho e alaranjado, que por sua vez também se dividem em outros 2 grupos, os de fundo claro (Lipocrómicos) e fundo escuro (Melânicos).
A configuração do canário com factor vermelho é totalmente idêntica à do canário comum, sendo diferente  na coloração da plumagem.
Na muda da pena , a cor vermelha desaparece devendo ser ministrado na alimentação ou na água uma substância pigmenária de forma a conservar a cor vermelha. Por precaução estes produtos deveram ser dados à discrição algum tempo antes da muda e mantidos  algum tempo depois da mesma. Durante esta época deve-se evitar dar verduras, gemas de ovo e sementes de colza, por estas apresentarem um colante amarelo ( Luteolina), na sua composição, sendo assim deve-se dar uma alimentação rica em sementes de aveia e de semilha, não esquecendo a cenoura e como foi dito o respectivo corante.
Nos canários de factor vermelho, uma plumagem intensa não significa obrigatoriamente uma cor mais viva, mas sim uma determinada forma de distribuir os pigmentos pela plumagem.
Como em todas as raças de canários, a plumagem pode ser do tipo NEVADO  ou do tipo INTENSO. Quanto à primeira tem uma tonalidade mais clara e o canário apresenta um aspecto mais denso e volumoso, quanto à segunda tem uma tonalidade mais viva e intensa parecendo o canário mais esguio com as penas mais aderentes ao corpo.
Podemos ainda falar na variedade MOSAICO em que o canário tem duas cores completamente distintas, em que o vermelho ou alaranjado é mais carregado nos machos do que nas fêmeas, facto esse pelo qual se distingue com alguma facilidade os machos das fêmeas.

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